19.5.08

Em clima de despedida

Nesses tempos quase loucos (e felizes) de despedida de Madrid é difícil dedicar pequenos textos a cada uma das coisas que vimos. Mais fácil seria uma listinha. Mas nem lá, nem cá, comento os passeios dos últimos quatro dias, quando Pablo esteve por aqui. Primeiro, a concorrida exposição “Goya en tiempos de guerra”: quadros de coleções privadas, de museus estrangeiros, mas sobretudo os do próprio Prado rearranjados para dar destaque a dois, novos em folha depois da restauração: Dos e Tres de mayo de 1808 (quando Goya pinta os quadros dos ministros a favor da França, entre 1808-14, a curadoria faz o possível para dizer que nessa época ele se dedica à criação pessoal e independente). Também fomos visitar o Palácio Real de Madrid e, claro, deixamos nossas entradas usadas em pouco mais de uma hora a qualquer interessado atento. Pensamos, inclusive, num sistema de rodízio que certamente seria útil: melhor seria uma fila para ficar com a entrada dos que já visitaram (e assim dividir os custos) do que fazer a mesma fila para pagar 8€ de forma egoísta e irracional! Por último, e para terminar com os museus, fomos conhecer a coleção permanente do Thyssen-Bornhemisza, irregular graças às paisagens da senhora Carmen e seu gosto pelos pintores norte-americanos, mas com jóias de Bramantino (Cristo resucitado, 1490), Tintoretto, Tiziano (San Jerónimo en el desierto, 1575), Cranach, Dürer, Van Dyck, Edvard Munch, Van Gogh, Edward Hooper (Muchacha cosiendo a máquina, 1922, acima).

Nenhum comentário: