25.3.08

Mario Monicelli na Cinemathèque Française

A Cinemateca francesa começou no sábado passado um ciclo Mario Monicelli, diretor de O Incrível Exército de Brancaleone, Casanova '70, Meus Caros Amigos, Le Pigeon, dentre tantos outros. Com a presença do próprio cineasta, trata-se de uma restrospectiva que irá até fim de maio (com alguns filmes programados para o ciclo seguinte, em junho, sobre as comédias italianas) e reunirá toda a sua produção, desde os filmes que dirigiu em parceria nos anos 50 com Steno, humoradíssimos, com um pano de fundo cada vez mais social, até os mais recentes, como A Rosa do deserto de 2006, curiosamente pouco distribuídos na França. Domingo escolhi para ver Totó e os reis de Roma (Totò e i re di Roma, 1951) sobre um arquivista, Ercole Pappalardo, que para manter o emprego no Estado é capaz de tudo. Mas as coisas vão dando errado. A família vive em dificuldades. Um dia, no teatro, Totó cospe sem querer (talvez) na cabeça de seu chefe, sentado na platéia. Este descobrirá mais tarde que o arquivista não tem nenhuma formação escolar. Totó volta para a escola. No fim, uma espécie de suicídio voluntário, cena em que Totó anda à frente do cortejo fúnebre para não pagar os custos de seu próprio enterro, é motivada pela possibilidade de antecipar à mulher e às filhas, post-mortem, o resultado dos números da loto.

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