23.6.08

Mecenas e benfeitores, a propósito do Marmottan

Que seriam dos museus franceses sem as doações e os mecenas? É o que nos perguntamos diante do Musée Marmottan Monet de Paris. No Brasil, certamente gostaríamos de suspirar assim, mas o panorama é outro, bem distante, e falamos dos roubos e da falta de dinheiro do MASP, da Pinacoteca de São Paulo, do Museu do Ipiranga e do Museu da Chácara do Céu. Todo o acervo do Marmottan, desde o legado de móveis e bronzes napolitanos e dos documentos históricos da família Marmottan, passando pelos quadros impressionistas colecionados por Georges de Bellio (médico de Manet, Monet, Pisarro, Sisley e Renoir), também pelos quadros herdados pelo filho de Monet, Michel - foram generosamente doados. Depois ainda vieram as obras reunidas por Henri Duhem e sua esposa Mary Sergeant, por Denis e Annie Rouart (Berthe Morisot, Manet, Degas, Renoir e Henri Rouart), além das iluminuras dos séculos XIII ao XVII da família Wildenstein. Um espaço inteiro é dedicado a Claude Monet, o que faz a delícia dos que se encontram com traços, cores e paisagens incrivelmente livres, antes mesmo das vanguardas do século XX (acima La Barque, óleo sobre tela de 1887).

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