6.5.08

Novos curtas de Madrid

Templo de Debod. No Paseo del Pintor Rosales, 2, perto da Plaza de España, um templo egípcio do século II (foto acima), dedicado aos deuses Amón e Isis, doado pelo governo do Egito em 1968. A história é mais interessante que o edifício, pois são toneladas de pedras que foram desmontadas no Egito para serem trazidas à Espanha, tudo por causa da construção de uma represa na região de Debod. Esse e outros templos ficavam a maior parte do tempo submersos e só no verão era possível visitá-los. Cada vez mais deteriorados - as pinturas murais se perderam - a única solução foi doá-los.

Otto Dix, retrato de Hugo Erfurth, técnicas e segredos. Estudo por meio de raios X e fotografias infravermelha da obra Hugo Erfurth con perro (1926), comparando a técnica de Dix, característica da Nova Objetividade alemã, com as técnicas utilizadas por mestres do Renascimento.

Casa de Lope de Vega. Na calle Cervantes, 11. Reconstrução do mundo privado do escritor, numa das casas em que viveu. O oratório, em que recebia missa todos os dias, a sala dos homens e o estrado reservado para as mulheres (como, aliás, na Casa de Cervantes de Alcalá de Henares e em muitas outras do período), o quarto de visitas obrigatório (estabelecido por ordem do rei Felipe II, destinado a acolher militares e nobres de passagem), as camas altas pelo perigo dos ratos (conta-se que na casa existiam 20 gatos...). No quarto das filhas, um dos signos de que Lope foi reconhecido em vida: um espelho de prata, único adorno, incapaz de refletir imagens por ser de prata, mas prova de seus status. No que se supõe fosse a antiga cozinha, hoje está uma sala de estudos dedicada ao Século de Ouro....

Livros + Madrid. Os livros por aqui não são nada baratos e as edições, em sua maioria, não são nem bonitas nem bem cuidadas. Por isso, na “noche de los libros”, realizada no 23 de abril passado, dia em que morreram tanto Cervantes quanto Shakespeare, todas as livrarias nos brindavam com o desconto fenomenal de 10%. Paralelamente, vários eventos animaram as livrarias e algumas instituições, abertas quase todas até as 2 da madrugada. Escolhi os curtas de M. Duchamp, Moholy-Nagy, J. Cornell, L. Lye, R. Serna, G. Fromanger, R. Breer, D. Jarman e C. Close, todos expostos no Palacio de Altamira (Flor Alta, 8), atual Instituto Europeo de Design. Confesso que não foi fácil e que muitas vezes era mais interessante observar o teto, decorado com motivos geométricos e vegetais.

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