7.3.08

Museo Sorolla

Que boa vida teve o pintor valenciano Joaquín Sorolla Bastida (1863-1923), pelo menos a partir de 1911. Isso a julgar pela casa que mandou construir nessa data em Madrid e que hoje constitui a Casa-museo Sorolla (General Martínez Campos, 37). Um palacete magnífico e incrivelmente conservado que nos faz entender rapidamente como viviam as pessoas daquela época que tinham dinheiro e, sem dúvida, bom gosto. Antes de entrar nas salas que funcionavam como ateliê, passamos por um jardim espetacular, baseado nos Reales Alcázares de Sevilha, no Generalife de Granada e, inclusive, com decoração e plantas dessa região andaluza. Há uma fonte graciosa e em frente mesinhas e cadeiras debaixo de um alpendre cujo teto é inteiramente coberto por plantas: um convite para que nos sentemos depois do passeio! Na sala de estar e na copa, esta última decorada com cerâmica de Talavera, é impossível não pensar “que conforto!”, “que agradável aqui!”. A casa propriamente dita é dotada de uma luz natural impressionante, que não poderia ser outra vendo os quadros de Sorolla, sempre sensíveis aos efeitos da luz, no modo como ela é filtrada a partir de uma cortina, de um guarda-sol, de um chapéu, nas diferentes estações, nas praias, nos penhascos asturianos, em dias chuvosos ou completamente azuis (acima, La bata rosa o después del baño, óleo sobre tela de 1916).

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