3.3.08

Musée du Quai Branly

Domingo fui cedo ao Musée du Quai Branly em Paris, assim denominado para fugir ao que se poderia chamar de "museu de arte primitiva": África, Américas (nada do Brasil, aliás), Ásia, Oceania, tudo, enfim, que não é Europa. Conceito difícil que, apesar disso, norteia a enorme coleção de objetos disposta num prédio moderno, com um interior pouco iluminado, lembrando o Museu de História Natural de Londres. Separado em continentes (cada um de uma cor) e por temas, com uma passarela central e mediatecas. Tudo isso com plaquinhas minúsculas, explicando o objeto, a atividade que ele desempenhava e sua função ritual. Para um leigo, tirando a beleza de algumas peças, sobretudo as da Oceania, absolutamente complicado. E isso sabendo da impossibilidade de organizar a coleção por ordem cronológica: para cada compartimento recobrem-se, às vezes, 3 milênios. O curioso, no entanto, é constatar que, se a data das obras pode variar enormemente (mesmo, se em alguns casos, elas não são tão diferentes assim), a aquisição delas (a entrada nas coleções oficiais) é bem datada. Trata-se, para uma grande parte, do período entre 1900 e 1930, época que reúne curiosamente as vanguardas e a história colonial francesa. A foto acima é de Patrick Gries et Bruno Descoings.

Nenhum comentário: