30.3.08

Monicelli, ainda

Difícil resistir ao ciclo Mario Monicelli nesses dias de chuva. Acompanhá-lo na tela grande, em sessões agradavelmente concorridas da Cinemathèque. Por vezes, um sprint final no gramado de Bercy - meu guarda-chuva se desfez num dia de granizos, típicos de abril - é rapidamente recompensado. Dia desses com La Grande guerra (1959), em que os impagáveis Vittorio Gassman e Alberto Sordi se vêem engajados num batalhão para a primeira guerra. Irônico e triste, diante de mortes sempre gratuitas. Hoje, ainda mais, com a exibição de Os Companheiros (I Compagni, 1963), sobre uma simples greve operária do final do século XIX. Mas contada com inocência e realismo impressionantes. Patrões e empregados revelam, aqui, (e descobrem) os mecanismos da greve. Mas não sem a ajuda de um professor/agitador idealista, barbudo, papel de Marcelo Mastroianni.

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