5.2.08

Avignon

Foram apenas dois dias em Avignon, ensolarados, embora numa época ainda distante do famoso festival de teatro, quando as ruas da cidade se vêem tomadas de performances e montagens, e os muros medievais tornam-se estreitos para a multidão de turistas, muitos que já reservaram hotéis para julho. Fiquei no adorável Hotel Mignon, próximo às praças centrais, perfeito para a descoberta do Palais des Papes (foto acima) e da Praça do Relógio, das várias igrejas medievais: de São Pedro e sua porta esculpida, de São Agricol, dos Carmos, do templo São Marcial. Tantas igrejas, fechadas na maior parte das vezes, que é mesmo difícil imaginar Avignon como uma cidade violenta (há pouco tempo atrás uma das mais violentas da França), como me preveniram num dos museus, centro de distribuição de drogas que vêm de Marseille! Difícil, por suas ruas pacatas e clima interiorano: é possível passar pelas mesmas pessoas duas vezes no mesmo dia. Cidade sem "fromageries", pelo que pude me informar, e possivelmente sem cybercafés. Do Hotel Mignon, pude ir ainda à graciosa cidadezinha próxima, do outro lado do rio, Villeneuve lez Avignon, com seu forte Santo André e a Chartreuze, claustro medieval, com fotos que colocarei mais tarde no flickr. Por fim, Avignon ainda do Museé Calvet (e suas coleções de telas de Joseph e Horace Vernet, de Nicolas e Pierre Mignard), do Petit Palais (e sua coleção de obras de arte medieval e do renascimento), do Museu Angladon e da Coleção Lambert, fechada infelizmente em fevereiro. Mas cidade sobretudo da Ponte Saint-Benezet e do Palácio dos Papas, na verdade, uma "fortaleza" para os papas em 1300, construída numa de suas partes mais altas, que pode ser vista à distância. Na visita a seu interior, é possível encontrar mesmo um dos melhores testemunhos de arte mural medieval francesa, quase inteiramente conservado: o quarto do cervo (detalhe aqui).

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