23.10.07

Arenas de Lutécio

Almoçar ou jantar em Paris é caro. Algo em torno de 10 a 15 euros, no meio-dia, procurando-se um tanto e com o risco de comer não muito bem. Algumas alternativas a isso são os restaurantes de comida "étnica", dentre eles os chineses. Por vezes, o seu prato pula para dentro do micro-ondas e voilà! Não é estranho, portanto, que existam vários restaurantes administrativos nas universidades ou mesmo em empresas. Tampouco o afluxo considerável de pessoas (e estudantes) na porta das padarias, para um sandwich. Depois come-se andando (bem comum) ou em algum lugar agradável, enquanto não é inverno. O de hoje foram as Arenas de Lutécio (foto acima, que se pode ampliar). Construídas no século I e relativamente preservadas, graças a um pedido de Victor Hugo em 1883, quando se planejou construir lá um depósito de vagões. Ficam à meio caminho entre o Panthéon da Sorbonne e o Centre Censier, onde está o prédio modernoso da Sorbonne Nouvelle e sua biblioteca barulhenta. Próximo às arenas morou o historiador Émile Mâle, um pouco ao lado, atravessando a rua, Réné Descartes, Diderot e Hemingway (este, num período em que a região era considerada barata). Em tempo, no caminho, pensamos que talvez deva existir um catálogo com os endereços da casa de escritores em Paris. Huysmanns, por exemplo, organizou sessões de satanismo no 9 rue Suger. O site terredesecrivains, embora não desdobre as anedotas, traz alguma coisa.

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