11.4.08

Touradas de Sevilha

Confesso que tive certa dificuldade em compreender a criatividade de Goya no seu desenho El toro mariposa - o touro borboleta - celebrado numa exposição do Prado que comemorava sua aquisição. Pois esse obstáculo, digamos, cultural, foi parcialmente reparado com a “corrida de toros” que assistimos na Plaza de Toros de la Maestranza de Sevilha durante a Feira de abril (aqui, link para a ficha técnica do dia em que fomos, inclusive com as indicações das críticas que saíram nos jornais). A verdade é que há muito de dança no ritual, de “festa no ar”, como o segundo nome que dá título ao desenho de Goya. Mistura difícil de explicar de coragem e delicadeza, enfrentamento e malabarismo, barbárie e luxo. O que não sabíamos, em nossa santa ignorância, é que não se trata de uma tourada, mas de várias, também de vários toureiros ou “diestros” (na ocasião, Javier Conde vestido de marfim e ouro; Sebastián Castella de azul e dourado (acima); Alejandro Talavante de lilás e dourado). Do nosso ponto de vista, a razão para os 6 touros parece simples: tudo acontece rápido e não se pode confiar o show apenas a um touro ou a um toureiro (se um deles é ruim, não sobra nada). Também outra barreira cultural foi desvelada: reconheci uma das caricaturas do pobre do Ramón como “picador de toros”, ou seja, o cavaleiro mais ou menos gordo que é responsável por espetar o touro com uma garrocha ou farpa no começo da corrida... Para terminar, explico que a platéia é um espetáculo à parte: em sua maioria homens, muitos com brilhantina, chapéu e charuto, aficionados, quase nervosos, remoendo palavras incompreensíveis depois de gritar silêncio (paradoxo tipicamente espanhol). Tudo para ouvir os ruídos do touro, tanto quanto o toureiro que ordena e desafia com seu “¡Hei, toro!”.

Um comentário:

Anônimo disse...

corridas de toros y Wiener lo que no se atreve a enfrentar a un rival que pueda defenderse por eso invito a boiola Javier Conde llega a Brasil y boiola toureibo o cualquier otro retoño otros que simpatiza con las corridas de toros vienen a Brasil y el desafío de un hombre que le muestra la verdadera esencia de ser un hombre. y no un gay que con una espada sin sacrificar los toros que no puede defenderse.