2.2.08

Amazonas del arte nuevo

Exposição gratuita na Fundación Mapfre de Madrid. Reunião de quadros e de algumas esculturas produzidas por quarenta e uma artistas entre 1880 e 1950. Nas melhores obras o que há de comum, além do sexo das autoras, é certa melancolia no modo de representação: “L’espagnole” de Marie Blanchard, “Climat tragique” de Marianne von Werefkin, “La funambule” de Marie Laurencin (autora da tela acima, mas não a da exposição), “The cards player” de Meraud Guevara, “Femme avec des fleurs” de Romaine Brooks, “Mujer sentada con un niño en sus brazos” de Mary Cassatt, “Niña durmiendo” de Ángeles Santos e os belíssimos, realmente belíssimos quadros de Louise Breslau, entre eles “Sous les pommiers - Portrait de Mlle Feurgard” (1886), de figuração acadêmica e com a palheta viva da futura vanguarda. Se não há melancolia no gesto, no olhar ou na paisagem retratada, ela estará na palheta de cores, com muitas escalas de cinza: “Au bord de la mer” de Romaine Brooks, “Vergewaltigt” de Käthe Kollwitz, “Bretonne avec bebé” de Mela Muter, “Femme espagnole en gris” de Natalia Goncharova, “Mains et ponts” de Suzanne Roger. Nota dissonante para o surrealismo de Maruja Mallo, que eu conhecia de ouvir falar, e que não gostei de ver; também, mas por razão contrária, para os quadros de Leonora Carrington que apesar serem apenas dois me surpreenderam bastante.

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