15.1.08

Museus em Londres

Em 3 dias não é possível visitar muita coisa dos museus de Londres. Reservamos, assim, uma noite para a visita da National Gallery e dois dias para a Tate Britain (antiga Tate Gallery, agora dividida em duas, com um barco fazendo o trajeto de uma à outra por duas libras e cinqüenta) e o British Museum. Na quarta-feira da visita à National Gallery fomos surpreendidos, no entanto, por uma greve de funcionários que fechou quase 2 terços das salas e nos obrigou a retornar no dia seguinte. Valeu a pena. A National Gallery é talvez uma das coleções mais interessantes de Londres. Museu não gigantesco como o Louvre (nada o é), embora com uma coleção abrangente e importante. Reúne lado a lado, por exemplo, a Virgem nas pedras e a Virgem com o Cristo, São João Batista e Santa Ana de Leonardo da Vinci. Tem paisagens lindas de Veneza feitas por Francesco Guardi e Canaletto, que visitou a Inglaterra quando se começavam a divulgar por lá os atrativos turísticos da cidade italiana. Telas importantes de Carlo Crivelli, Tiziano, Rafael, ou o Batismo do Cristo de Piero della Francesca. Museu de pinturas, portanto, como a Tate Britain, esta dedicada aos artistas ingleses: com acervo importante de Turner e Milton, e algumas telas de John Constable (a maior parte de sua produção está no Victoria and Albert Museum que não conseguimos visitar). O que há de mais impressionante nos museus londrinos, todavia, é um enorme conjunto de peças do Parthenon grego, compradas e levadas à Inglaterra entre 1801 e 1805, e exibidas de forma grandiosa no British Museum. Com toda a polêmica sobre o pedido do governo grego para que retornem ao país, há mesmo um folheto justificando a importância da permanência da coleção, em geral esculturas retiradas dos frisos (parte superior e frontal do Parthenon), na Inglaterra. Para uma interpretação bem interessante da tela de Piero della Francesca, cf. aqui.

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