2.1.08

Gustave Courbet

Há meses, na verdade, desde que chegamos à Paris, aguardávamos a visita de hoje, reservada com antecedência, ao Grand Palais, onde acontece até o dia 28 de janeiro a exposição Gustave Courbet. Maior retrospectiva de suas obras, com 120 pinturas, muitas provenientes de coleções particulares e de museus americanos, sobretudo do Philadelphia Museem e do Art Institute of Chicago. Expectativa, portanto, que não se frustrou, mesmo num dia de concorrida afluência ao museu, com suas salas lotadas, cheias de textos explicativos em cada ala (textos mais concorridos do que as obras!), e pessoas com seus audio-guides barulhentos, que deveriam ser banidos dos museus. Exposição belíssima, no entanto, sobretudo na parte das paisagens de Courbet, em suas marinhas (uma delas acima) ou nos retratos com paisagens esboçadas de forma ágil. Mas também pela organização, capaz de reunir os temas principais do pintor (os auto-retratos, as paisagens, a pintura histórica, os nus), como no ótimo catálogo, que a ainda desdobra as referências iconográficas do artista. Única ressalva: o excesso de fotografias que acompanharam a exposição, buscando situar a pintura de Courbet num diálogo com a "realidade" às vezes falso, às vezes mistificador, para esse pintor supostamente "realista".

Nenhum comentário: